quinta-feira, 5 de junho de 2008

Utopia é aquilo que ainda não foi conquistado


“O sonho não acabou”, afirma Gilse Consenza, assistente social, entre palmas e olhares emocionados ao descrever sua luta na revolução de 1968 na palestra “um olhar feminino sobre a luta política”. Um ano mágico que segundo ela mudou a vida de todo o mundo. Segundo a militante, na década de 30 os jovens viam um mundo arrasado, diante a tal revolta estouraram os movimentos.



Fora dos padrões da época Gilse conta que era crime pensar, conhecer e questionar. As pessoas que buscavam informações e estudavam eram consideradas uma ameaça. “O meu currículo da faculdade foi usado como peça de acusação que eu era subversiva inteligente e perigosa”, completa.
Hoje ela luta pelos direitos humanos e abomina a idéia de haver torturas físicas e psicológicas no Brasil. “Faço questão de viver pra dizer a minha neta que participei da construção de um Brasil melhor, valeu a pena lutar, sofremos muito, mas a ditadura foi derrotada e hoje podemos gozar do sacrifício daquela época. Estou com 64 anos, foram quase 50 de luta e se o tempo voltasse eu faria tudo de novo”, conclui Gilse, diante uma platéia eufórica no auditório da Faculdade Estácio de Sá.

Nenhum comentário: